Seja bem Vindo


a PESTE devasto a Europa


 Em outubro de 1345, 2 barcos mercantes Genoveses entraram no porto Siciliano de Messina com mortos e moribundos a bordo. Os barcos chegavam do porto de Caffa, no mar do norte, onde a república de Gênova mantinha um agência comercial. os marinheiros enfermos apresentavam estranhos tumores  negros sob os braços, do tamanho de um ovo, que vertiam sangue e pus. posteriomente, esses tumores eram cobertos por vesículas e camadas negras indicativas de hemorragias internas os doentes sofriam terrivelmente e morriam por volta de cinco dias após os primeiros sitomas. Com a disseminação da doença, surgiam outros sitomas no lugar dos tumores: febre contínua e escarros de sangue. as novas vítimas tossiam, traspiravam abundantemente e morriam mais depressa ainda, em 3 dias ás vezes, em 24 horas.            Uma epidemia que dizimou um terço da população mundial no século XIV e provocou profundas mundanças no mundo feudal.OS POBRES ERAM MAIS DURAMEUNTE ATINGIDOS PELA DOENÇA. Em Paris, onde a epidemia durou todo ano de 1349,o número de vítimas era, segundo os contemporâneos, de 800 por dia, e o total atingiu a cifra de 500 mil, ou seja, metade da população. Florença, enfraquecida pela fome de 1347, perdeu quatro quintos de seus cidadãos, Veneza, dois terços, e hamburgo e Bremen perderam quase a mesma proporção. Centros de passagem e decomércio, as cidades  corriam maior risco de contaminação do que as aldeias. mas estas, tão logo eram atingidas, alcançavam uma taxa de mortalidade tão elevada quanto a das cidades. nos locais fechados, como os monastérios e as prisões, a contaminação de uma pessoa podia acarreta a morte de todas as outras. foi o que ocorreu nos convetos franciscanos de Carcassone e de Marselha. dos 140 dominicanos de Montpellier, apenas 7 sobreviveram. AUTOFLAGELANTE. Grupos organizados de 200 a 300 pessoas iam de cidade em cidade,com o torso nu, castigando-se com ''cintas de couro com nós cheios de pequenas pontas de ferro'', enquanto imploravam com fortes gritos a misericórdia de cristo e da virgem, a massa de espectadores  gemia e suspirava em uníssomo. era uma manifestação  anticlerical, pois desafiando os sacerdote, os flageladores arrogavam-se o papel de mediadores entre Deus e a humanidade Inciado como uma tentativa de salva pelo sacrifício o mundo da destruição, o movimento foi tomado pela paixão do poder e passou a enfrentar a Igreja. começou assim a ser visto como fermento de agitação revolucionária  e uma ameaça para as classes dominantes, tanto laicas como eclesiásticas.  o imperador Carlos IV solicitou, então, a o papa que condenasse o movimento, e seu apelo foi reforçado pelo desejo da Universidade de Paris. mas, em uma época em que o mundo parecia á beira do aniquilamento, não era fácil punir os flageladores, que pretendiam afinal agir sob inspiração divina. em inúmeras cidades os judeus foram sistematicamente  massacrados por causa dos flageladores. em Worms, em março de 1349, a comunidade judaica, cerca de 400 pessoas, recorreu a uma velha tradição e se fez queimar em suas casas, evitando assim ser massacrada pelos inimigos. em Mayenne, onde vivia a mais importante comunidade judaica da Europa, seus membros decidiram finalmento se defender. munidos de armas, mataram 200 agressores, o que serviu apenas para provocar um furioso ataque dos habitantes, decididos a vingar a morte dos cristãos. os judeus lutaram até que a vantagem numérica do inimigo prevaleceu: eles se retiraram então para suas casas e atearam fogo nelas 6 mil judeus morreram dessa forma em 14 de agosto de 1349. passada a epidemia, a Igreja e o Estado estavam dispostos a assumir o risco de reprimir os flageladores. os magistrados ordenaram que as portas das cidades fechadas para eles.  Clemente VI, em uma bula de outubro de 1349, exigiu que eles fossem detidos e dispersados. a Universidade de Paris negou, solanemente, que eles eram inspirados por Deus. Felipe IV proibiu, sob pena de morte, a flagelaçao em público. assim, os flageladores desapareceram tão rapido quanto havia surgido.